Explorando as bases psicológicas e neurocientíficas do comportamento humano
Esta disciplina explora as complexas interações entre comportamento, processos cognitivos e bases neurocientíficas, oferecendo uma visão integrada do funcionamento humano.
Através de uma abordagem multidisciplinar, você descobrirá como as principais escolas psicológicas e os avanços em neurociência contribuem para nossa compreensão da mente e do comportamento.
O funcionalismo, precursor da psicologia cognitiva, focava na compreensão da consciência humana como um fluxo contínuo de pensamentos, emoções e crenças.
William James estudou como as crenças e desejos pessoais interferem no processo racional e na formação de conceitos.
O behaviorismo entende o comportamento humano como objeto de estudo da psicologia, focando na relação entre estímulos ambientais e respostas comportamentais.
Skinner desenvolveu o behaviorismo radical, enfatizando o papel das consequências na modelagem do comportamento.
O cognitivismo considera a aprendizagem como produto da interação entre ambiente, indivíduo e fatores externos, que proporcionam uma rede de significados.
David Ausubel contribuiu com a ideia de aprendizagem significativa, onde novos conteúdos se relacionam com conceitos relevantes na estrutura cognitiva.
Selecione uma abordagem para descobrir como diferentes perspectivas explicam o comportamento e a cognição humana.
William James, precursor do funcionalismo, tinha como foco compreender a consciência humana. Para tanto, ele estudou as emoções, os pensamentos, as crenças e as religiões presentes na vida do indivíduo, chegando à conclusão de que as crenças e os desejos pessoais interferem no processo racional e na formação de conceitos.
James descreveu a capacidade dos indivíduos de buscar a resolução de problemas para se adaptar melhor ao meio, tendo um papel ativo e autônomo nesse processo. A consciência passa a ser compreendida como um fluxo, um movimento dos seres humanos em direção ao mundo.
James fez uma diferenciação entre a escolha e o hábito: na primeira, há consciência e intencionalidade; no segundo, há o ato involuntário ou automático. Esta ideia antecipou o conceito de pensamentos automáticos na terapia cognitiva.
James afirmava que seria possível uma pessoa tomar decisões que a prejudicassem fisicamente como forma de reafirmar um aspecto social, destacando a importância do ambiente nesse processo.
O behaviorismo entende o comportamento humano como objeto de estudo da psicologia, focando na relação observável entre estímulos ambientais e respostas comportamentais.
Sustenta-se por uma perspectiva realista, opondo-se à versão mentalista da época. Entende o comportamento como causa real, exterior e separada do mundo interno e subjetivo da pessoa.
Fundamenta-se no pragmatismo e não faz diferença entre os mundos subjetivo e objetivo. Skinner incorpora eventos privados e o comportamento verbal como objetos legítimos de estudo da ciência do comportamento.
Acreditava que a descrição do comportamento deveria incluir o fator mental, sugerindo a fórmula E-O-R (estímulo-organismo-resposta) em vez da simples E-R (estímulo-resposta).
O cognitivismo considera o ambiente um elemento essencial para o desenvolvimento humano. A relação da pessoa com o meio estabelece-se de acordo com os significados que ela atribui aos objetos, pessoas e eventos.
Moreira e Masini (1982) definem cognição como: "o processo por meio do qual o mundo de significados tem origem. À medida que o ser se situa no mundo, estabelece relações de significação, isto é, atribui significados à realidade em que se encontra. Esses significados não são entidades estáticas, mas pontos de partida para a atribuição de outros significados. Tem origem, então, a estrutura cognitiva (os primeiros significados), constituindo-se nos pontos básicos de ancoragem dos quais derivam outros significados."
Contribuiu com a ideia de aprendizagem significativa, onde novos conteúdos são relacionados a conceitos relevantes disponíveis na estrutura cognitiva do indivíduo.
Ausubel define a aprendizagem significativa como o mecanismo humano que adquire e armazena a vasta quantidade de ideias e informações representadas em qualquer campo de conhecimento.
Processo através do qual os sujeitos regulam seu comportamento, enfatizando a importância do desenvolvimento das capacidades de identificar, manipular e adequar o comportamento a partir de informações sociais percebidas e interpretadas.
A psicologia da Gestalt aplica a teoria perceptiva ao estudo de processos cognitivos em contexto social. Gestalt pode significar organização (como a percepção organiza determinado contexto) ou forma (a forma do objeto em si, estrutura ou padrão).
A Gestalt se opôs ao behaviorismo e ao reducionismo, considerando que a percepção se dá pelas relações entre os objetos, e não pela sensação individual de cada elemento.
A alteração de algumas qualidades do objeto devido ao ponto de vista não implica a impressão de que o objeto é outro. Ex: mudança do ângulo de observação ou do tom de uma música.
Asch aplicou a teoria da Gestalt ao estudo da percepção interpessoal, demonstrando que aspectos importantes das informações organizam a impressão em todos globais.
A neurociência cognitiva envolve a utilização de evidências provenientes do comportamento e do cérebro para compreender a cognição humana. Estuda como o fluxo de sinais elétricos através de circuitos neurais origina a mente - como percebemos, agimos, pensamos, aprendemos e lembramos.
As neurociências compreendem diversas disciplinas: neurociência celular, cognitiva, comportamental, molecular e sistêmica, cada uma estudando diferentes aspectos do sistema nervoso.
O encéfalo é composto pelo cerebelo, a ponte, o bulbo, algumas estruturas antigas acima da ponte, o cérebro e a medula. O cérebro participa dos processos cognitivos superiores, como pensamento e linguagem.
Responda estas questões para verificar sua compreensão sobre comportamento, cognição e neurociência:
O estudo do comportamento, cognição e neurociência oferece uma visão integrada do funcionamento humano, combinando perspectivas psicológicas e neurocientíficas para compreender como pensamos, sentimos e nos comportamos.
Estas escolas teóricas representam diferentes abordagens para entender a mente e o comportamento, cada uma contribuindo com insights valiosos para a psicologia cognitiva contemporânea.
O estudo científico do comportamento começou com a fundação do primeiro laboratório de psicologia em 1879, permitindo a investigação sistemática de fenômenos antes explorados apenas por especulação.
A neurociência cognitiva combina métodos das neurociências com teorias cognitivas para entender como o cérebro possibilita processos mentais como percepção, memória, linguagem e tomada de decisão.